quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fritz Haag 2007



Fritz Haag Brauneberger-Juffer Riesling Kabinett Trocken 2007. O nome é grande e complicado. Mas vinho alemão de estirpe é assim mesmo. Brauneberg é uma pequena cidade - mais para uma vila rural -, na região sudoeste da Alemanha, situada ao lado de Mosel, a setenta quilometros de Luxemburgo (Luxemburgo) e a cento e sessenta quilometros de Estrasburgo, na Alsácia (França). Localizada às margens do rio Mosel, um dos mais importantes da Alemanha, que nasce na França e corta parte da Alemanha, a cidade de Brauneberg tem uma tradição milenar na arte da vitivinicultura, com histórico datado à época do império romano do oriente. Conta a história que no tempo dos romanos estas terras eram conhecidas como Dusemond (em latim "dulcis mons"), ou seja, doces montanhas. Já em 1806 o terroir de Braunenberg foi considerado como de "primeira classe", a única desta classe na divisão de áreas vinícolas na região, naquela época. Um dos mais famosos apreciadores dos vinhos de Braunenberg foi Napoleão Bonaparte, que sempre visitava a região em suas "férias". Nesta pequena e histórica cidade está sediada a vinícola Fritz Haag. De propriedade da família Haag há mais de seiscentos anos, esta vinícola atualmente é administrada por Wilhelm Haag e seu filho Oliver Haag, os quais vêm empreendendo uma verdadeira revolução na arte de vinificar, atualizando os antigos preceitos de seus ancestrais, mas sem perder a tradição e a qualidade de seus vinhos. Com terras nas regiões de Brauneberg-Juffer e Brauneberg-Juffer-Sonnenuhr, a vinícola produz apenas a casta riesling. Seus vinhos, todos brancos - é lógico -, um dos melhores da região do rio Mosel, são divididos entre as classes Riesling (o comum, básico de linha), Riesling Kabinett (o Reserva), Riesling Spätlese (o elaborado com uvas mais amadurecidas de colheita tardia) e o Riesling Auslese (o produzido com uvas botrytizadas), além de diversos outros brancos doces para sobremesa. Ao vinho em comento, um produto da classe Kabinett, servido a uma temperatura de 8ºc, vemos na taça um líquido brilhante, cristalino e licoroso, com coloração pistache translúcido. Aromas de frutas brancas tenras e pedra-de-isqueiro aguçam o olfato. Na boca, um vinho untuoso e refrescante, com boa acidez, que se equilibra com perfeição ao teor alóólico de 12%. Um vinho nitidamente mineral, com sabores de maça verde, lima da pérsia e toques delicados de mel. Retrogosto consistente e persistente, com longo e refrescante final de boca. Por seus méritos, recebeu 92 pontos da revista Wine Spectator para a safra de 2005. Acompanha perfeitamente peixes de carne branca grelhados ou ao forno, queijos suaves, principalmente o chevrè e o brie, e saladas pouco condimentadas. Pode ser guardado por mais uns cinco anos, pois vinhos produzidos com casta riesling são bem resistentes a guarda, mas sem perspectiva de evolução. Importado pela Grand Cru, custa em torno de R$ 120,00.

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