Post Scriptum 2005. Produzido por Prats & Symington. A família Symington produz Vinho do Porto desde 1882 e possui algumas das marcas de maior prestígio no setor: Dow's, Graham's, Warre's e Quinta do Vesúvio, todas especializadas na produção de Portos Vintage. Para quem conhece vinhos do porto, sabe que estas marcas estão entre as dez melhores do mundo. Bruno Prats, por sua vez, é um dos enólogos de maior prestígio em bordeaux, na França, e o antigo proprietário do Château Cos d'Estournel. (Atualmente produz vinhos no Chile, na Viña Aquitânia, em sociedade com Paul Pontallier e Felipe de Solminihac, aonde adquiriram, em 1990, no Vale do Maipo, próximo à cidade de Santiago, um lote 43 hectares de terras aos pés da Cordilheira dos Andes, aonde fundaram o Domaine Paul Bruno. Depois de algum tempo, uniu-se a eles Ghislain de Montgolfier, importante enólogo da região de Champagne, produzindo os bons vinhos da linha Aquitânia, Sol de Sol e o emblemático Lazuli). Em 1998, estas duas famílias resolveram unir-se num projeto para criar um vinho tinto do mais elevado nível no Douro, pois estavam convictas que o essa região reunia condições ideais para produzir vinho tinto de grande qualidade e distinção. Em 1999 elaboraram alguns lotes experimentais de forma a identificar as castas mais indicadas e avaliar o potencial de qualidade. O Chryseia 2000 foi o primeiro vinho lançado. Tendo em conta as condições climáticas que caracterizaram o ano de 2002, a Prats & Symington decidiu não produzir o Chryseia neste ano. No entanto, foi lançado um lote menor de um vinho com um estilo que apela a um consumo mais imediato, que foi batizado Post Scriptum. Este lote, produzido a partir dos mesmos vinhedos que fornecem uvas ao já prestigiado Chryseia, foi elaborado utilizando o clássico método de vinificação bordalês. Assim, o Post Scriptum é o segundo vinho de Chryseia (este, produzido apenas em safras excepcionais). Destarte, o Post Scriptum, que tem um papel complementar do Chryseia, é produzido num estilo mais precoce, para beber mais cedo, mantendo no entanto, o potencial de envelhecimento. As uvas que deram origem ao Post Scriptum 2005 são essencialmente provenientes da Quinta da Perdiz, adquirida pela Prats & Symington antes da vindima de 2004. O Post Scriptum 2005 foi elaborado a partir de uma seleção de uvas provenientes da Quinta da Vila Velha, Quinta do Bomfim e Quinta da Perdiz e são elas: Touriga Franca 40%, Touriga Nacional 30%, Tinta Barroca 20% e Tinto Cão 10%. A vinificação ocorre no moderno centro de vinificação da família Symington na Quinta do Sol. As uvas foram rigorosamente seleccionadas manualmente, antes da fermentação em pequenas cubas de aço inox com maceração pelicular prolongada. A temperatura foi controlada entre 26 e 27ºC. Envelhecimento de 9 meses em barricas de carvalho francês de segundo ano, com capacidade de 350 a 400 litros. Ao vinho em comento, aberto a exatos 18ºc, na taça, temos um vinho de cor roxa escura, opaco e untuoso. Seus aromas remetem a frutas negras silvestres, cassis, mirtilo e groselha preta. Na boca, um vinho sofisticado, macio, com acidez e tanicidade temperadas, domando sua potência. Equilibrado, tem teor alcoólico de 13,5%. Retrogosto consistente e longo, com fundo de boca suave. Todavia, é uma bebida que deve ser aberta e decantada por cerca de uma hora, para que seus aromas e flavores se afinem. Enfim, um excelente vinho, já pronto para consumo, mas que pode ser guardado por mais uns seis anos. Referência de vinho fino de mesa da região do Douro, o Post Scriptum foi avaliado por: Robert Parker com 90 pontos (05), Wine Enthusiast com 89 pontos e Revue du Vin de France com 15,5/20, notas estas que demonstram todo o seu poder e qualidade. Importado pela Mistral, custa em torno de R$ 80,00.
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